Relato de Uma Amiga Contaminada Pelo Coronavírus
Nesta matéria de hoje vou me focar num caso específico de uma amiga, que por ser enfermeira está na linha de frente de luta no combate ao coronavírus e por isso mesmo, chegou a contrair o vírus e relatou em sua narrativa o que foram esses dias de sua vida e como foi o seu tratamento e de como chegou a sobreviver.
Segundo ela mesma, se considerou na posição de rato de laboratório, quando foi objeto de uso medicamentoso que quase lhe tirou a vida. Vejam o seu relato: “Quando somos contaminados pelo Covid-19, o medo e o desespero tomam conta da gente. – Falo por experiência própria. Vivi dias difíceis. O único lugar que eu estava indo era meu trabalho. Enfermagem é meu grande amor. Cuidar de outras pessoas me traz paz. Porém fui infectada pelo Covid, e aos poucos os sintomas foram se intensificando paulatinamente na velocidade da luz. A febre oscilando entre 39 a 40ºC; dor no corpo insuportável; tosse, entre outros sintomas desagradabilíssimos.
A partir do 5• dia, veio a falta de ar, desmaiei e fui socorrida por minha colega de quarto. Moro em apartamento coletivo. Não sei do que seria de mim se ela não tivesse ali. Fui socorrida para hospitais públicos e depois internada num deles, entre desmaios, febre alta e muita dor, saturando entre 88 e 92 e finalmente, fiquei ali num determinado nosocômio. Em dois dias contínuos, comecei a receber doses de ataques de antibióticos e outras medicações!!
Graças a Deus, evoluí, porém, rebaixando níveis vitais. Escutei uma médica falar que eu estava em prostração largada. Veio o terceiro dia, foi quando alguém sugeriu a medicação HIDROXICLOROQUINA. Eu sabia dos riscos; mas naquele momento eu sentia que tudo era válido, não suportava mais. Cheguei a tomar três comprimidos e com uma hora depois senti a pior sensação de minha vida: taquicardia, sudorese, enjoos intermitentes, e vomitei muito. Vi todos correndo e me monitorizando, fazendo eletro entre outros procedimentos. Senti naquele momento que estava morrendo. Afinal o mundo havia desabado sobre mim! – Administraram medicamento endovenoso e cheguei a adormecer. Acordei no outro dia ainda com febre, glicemia de 55, e uma enfermeira do meu lado, conversando, falando que nasci de novo.
Essa medicação HIDROXICLOROQUINA, tenho certeza, quase chegou a tirar a minha vida, a me matar. Não aconselho ninguém a tomar, sem antes ter exames cardiológicos e ser realmente testada e aprovada para fazer uso desse medicamento, porque poderá vir a ser fatal. É terrível a sensação e reação de sintomas que ela desperta. Fiquei e vivi momentos de desespero. Ainda trouxeram mais desse princípio ativo para eu tomar, mas de pronto, recusei, e não aconselho ninguém tomar.
Esse, minha gente, foi a situação real de uma pessoa amiga minha, que teve a experiência de frente e dentro de si, desse minúsculo invisível que vem matando as pessoas sem dó nem piedade, o COVID-19 ou coronavírus. Ainda bem que Gemima Santos, foi mais uma sobrevivente, mas segundo ela própria, foi usada como cobaia em todo esse processo, em que alguns médicos sem seguir à risca os devidos procedimentos, prescrevem uma medicação inadequada para determinadas pessoas e, como consequência, vem à óbito e os médicos atestam ou colocam no laudo como causa mortis, COVID-19, quando na realidade foi o medicamento ministrado que matou o paciente. Como atestado ou laudo médico, não vem a ser contestado, imagine quantos acidentes semelhantes acontecem, pacientes vêm a falecer por procedimentos medicamentosos errôneos e colocam outra, a causa da morte, quando na verdade, foi o medicamento o responsável pelo óbito.
Esta é uma das realidades que estamos vivendo no Brasil da pandemia do coronavírus, e ninguém melhor para testemunhar esse calvário de dor, espanto, abandono e medo do que, quem chegou a contrair o vírus e conseguiu com muita luta e garra, se salvar como mais uma sobrevivente, a exemplo de Gemima Santos.