Os Ovos da Serpente

             Dá para se acreditar que as consequências de tudo que aconteceu e vem acontecendo em nosso país, a ponto de chegar ao fatídico dia 08.01.2023, um dia de domingo, já denominado de “Dia da Infâmia, para que, simbolicamente, esse dia nunca venha a ser esquecido pela tentativa de se destruir a democracia brasileira.

             Serpentes de variáveis espécimes genéticas, vieram gestando seus ovos desde lá atrás, que foram se multiplicando e, à medida que vieram a ganhar vida e saírem rastejando em todos os recônditos do Brasil, sem que fossem combatidas, extintas e destruídas, chegaram num crescendo a tal ponto, que produziu uma geração de serpentes extremamente danosas, perigosos e possuidoras de um veneno letal e que, dificilmente será possível combatê-las, extingui-las e erradica-las por completo, porque ninguém se deu por conta do perigo que representava a disseminação dessas serpentes que vem sendo chocadas desde o ano de 2014, mas elas, se não contidas de vez, poderão trazer mais danos irreparáveis para os brasileiros, para a democracia e o Brasil no cenário mundial.

         O cerne da questão foi justamente a permissividade de instituições, da população brasileira, que não perceberam que estavam sendo chocados vários ninhos de serpentes por todo o país e por isso mesmo, nascidas com o veneno letal com o qual foram geradas e criadas, não poderia dar noutra coisa, como de fato o pior quase veio a se consumar.

A solução definitiva é a de se tentar destruir essas inúmeras serpentes venenosas e letais, para que se impeça, venha a se conter a sua disseminação ainda mais e se fixarem de vez como destruidoras da paz social, da vida em harmonia e da democracia brasileira em solo pátrio. Não se pode permitir que essas serpentes venham a tomar conta de tudo e, na medida do possível, as instituições têm que voltarem a funcionar, porque senão, todos nós seremos destruídos com o veneno letal dessas serpentes.

         O mais curioso na expansão dessas serpentes, foi o fato de que, instituições de estado, que tinham por dever e obrigação de proteger os brasileiros e outras instituições do ordenamento jurídico, acharam por bem em permitir que se formarem chocadeiras de vários ninhos de serpentes nas próprias cercanias de quartéis militares, com especialidade do exército brasileiro e veja no que deu, quase que esse veneno destrutivo colocou no chão as pilastras basilares da democracia de nosso país, e isso não poderia ter acontecido acaso não tivesse havido omissão e aquiescência de outras serpentes paramentadas de fardas e não fardadas, que deram guarida as demais serpentes envenenadas pela serpente-mor denominada de Jair Messias Bolsonaro, que deverá arcar com as consequências de tudo de danoso, destrutivo e ruim que causou ao país e aos brasileiros, pelo menos, uma grande maioria.

         Chegou-se a tal ponto, que as serpentes criadas, as contaminadas, estão por aí a se deslocarem de tal sorte, que sequer sabem encontrar de volta o caminho da toca, do esconderijo, para despejar o seu veneno e de novo, a paz voltar a reinar, porque fizeram na figura da serpente-mor, o ideal maior a ser seguido, a destilação venenosa a se acreditar e transformaram tudo isso numa seita nociva à convivência humana e social, porque só essa parcela envenenada é quem acredita ter razão, embora o correto seria respeitar as diferenças alheias e o direito do livre pensar de cada serpente (pessoa).

         No final de contas, essas serpentes que teimam em continuar envenenadas, bem como a serpente-mor, tem que ser combatidas com veemência e sob os ditames da lei e da ordem, para que o veneno dessas pessoas venha a ser extirpado de vez e isso, certamente, vai demandar ainda um bom tempo. O que não se pode permitir é que mais ovos de serpentes venham a ser chocados.

         Ou se destrói os ovos da serpente na chocadeira, ou então, a nossa frágil democracia ainda vai continuar em transe, esta é realidade no mundo real das coisas e que muitos ainda não estão vendo e percebendo. As serpentes têm que ser destruídas e terem suas cabeças esmagadas, em nome da manutenção de nosso estado democrático de direito, eis a questão!

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Manoel Modesto

Advogado, escritor, poeta e presidente da ABLA (Academia Buiquense de Letras e de Artes)

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