Alexandre de Moraes, o “Ditador” Necessário

         Desde que o bolsonarismo vem sendo chorado, lá bem antes mesmo de ele ser eleito presidente da república, que já poderia se perceber, que pela pregação dele nas relações políticas, humanas e sociais, não seriam de forma alguma normais para a vida numa sociedade política e juridicamente democrática.

         À medida que as ideias fascistas do bolsonarismo foi dominando a cabeça das pessoas, pelo visto foram ficando desnorteadas, adquirindo a ideia fixa mitológica de que o sujeito fosse alguém que deveria ser adorado, um “Messias” que que na realidade ele nunca foi e jamais será. Mesmo assim o seu grupo de adoradores fanáticos cresceram assustadoramente, a ponto de vivermos num país em constante transe.

         Ele foi eleito presidente, não fez absolutamente nada dentro de suas atribuições e responsabilidades na investidura do cargo e, o que fez mesmo foi nos momentos mais difíceis pelos quais a população brasileira passou, ele foi anticientificista, contrariou a ciência na questão pandêmica do Covid-19 e com essa sua atitude houveram quase 700 mil óbitos, se as medidas vacinais tivessem sido tomadas há mais tempo, certamente, matade dessas pessoas poderiam ter sido salvas, mas não, o que fez foi fazer política, criar intrigas, fomentar o armamento, dificultar relações diplomáticas bilaterais entre vários países e o Brasil teve o isolamento do mundo como consequência.

         Desde que Bolsonaro assumiu a presidência da república, sempre buscou a desagregação humana e social entre as pessoas, a ponto de não ter respeito por ninguém. O seu objetivo maior não era vidas que caiam de um lado e do outro, mas sim, tentar adestrar seus seguidores para se tornarem semelhantes a ele e se radicalizarem a ponto de fazer o que ele determinasse, inclusive prática de vandalismo como de fato ocorreram quando ele chegou a perder as eleições presidenciais para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que veio a ser eleito presidente do Brasil pela terceira vez, e isso ele não soube lidar muito bem, provocando a ocorrência de atrocidades como as que ocorrerem em nosso país.

         Logo depois de sua derrota, o país começou a conviver numa verdadeira baderna, rodovias foram bloqueadas, protestos desnecessários ocorrerem pedindo intervenção federal, a implantação de uma ditadura, um golpe militar, o não reconhecimento de Lula como presidente e que houvesse um golpe a qualquer custo para que o denominado de “Mito”, fosse entronado na presidência como um ditador do país em pleno século XXI, o que o mundo moderno não admite, sobretudo para um país de dimensões continentais como o Brasil.

         Com o acirramento dos movimentos golpistas, se partiu para atos atentatórios contra a democracia, acampamentos de adeptos de Bolsonaro se formaram em volta dos quartéis do Exército logo depois da derrota em 30.10.2022, com a aquiescência dessa instituição militar de estado, provocando o movimento mais predatório que pode se ver quando foram invadidos e depredadores as dependências dos três poderes e isso, é radicalmente inadmissível numa democracia.

         Foi dentro desse emaranhado de desordem fora do controle e com a concordância explícita e implícita de quem tinha por dever e obrigação de cuidar da incolumidade desses prédios representativos da república brasileira, que o ministro do STF, Alexandre de Morais, teve que entrar em campo para tentar conter o avanço dos responsáveis por esses atos de terror.

         Não foi a ação de um magistrado tirano, mas sim, necessária de início para barrar ou então esculachar de vez, a baderna que esse pessoal com a mente insana dominada psiquicamente pelo ideal destrutivo bolsonarista, queriam aplicar um golpe e abrir caminho para que Bolsonaro pudesse voltar dos Estados Unidos e assumir a cadeira de ditador do Brasil.

         Ainda bem que se tinha o “Xandão” para tomar iniciativas jurídicas, que embora consideradas duras, ditatoriais, uníssonas, mesmo assim as iniciativas do ministro do STF, embora duras, foram devidamente necessárias, senão, teríamos sido envolvidos pelas tantas serpentes logo naquele fatídico dia oito de janeiro, porque algum desses ministros, alguém da justiça brasileira, tinha que ter tomada alguma medida e Alexandre de Moraes, pelo bem ou pelo mal, tomou essas atitudes acertadamente, essa é a questão!

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Manoel Modesto

Advogado, escritor, poeta e presidente da ABLA (Academia Buiquense de Letras e de Artes)

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