O Psiquismo de Quem é Contaminado pela Covid-19

Médico Chinês que deu o alerta sobre o coronavírus morre em decorrência da pandemia

Quando, na condição humana de vulnerabilidade, alguém vem a ter conhecimento que se encontra acometido por alguma doença gravosa, naturalmente vem a se sentir psicologicamente abalado do ponto de vista do emocional e aí passa a ser dominado pela ansiedade, apreensão, o estresse, chegando mesmo a um quadro depressivo num exíguo espaço de tempo.

            Não tem sido diferente para quem vem a ser confirmado que está contaminado pela pandemia da covid-19, isto por que, quando no país já se vai ultrapassado a casa de mais de trezentas mil mortes e esse quadro avassalador e preocupante, está se disseminando exponencialmente, o que coloca a situação brasileira num patamar deveras preocupante.

            O enigmático da pandemia que atinge o mundo todo, é o fato de que, além de provir de algo invisível, ninguém sabe aonde, em que espaço e tempo, se pode vir a ser contaminado pela doença. Contaminada toda e qualquer pessoa, independentemente de cor, classe social e condição financeira, diante da fragilidade humana que a todas as pessoas domina, a primeira que atinge, indubitavelmente, vem a ser o fato psicológico e isso pode levar quem se contamina a uma situação de fragilidade que poderá com certeza agravar impiedosamente o estado emocional de cada um, podendo levar a um estado de piora física da doença, em que o funcionalidade biológica do organismo se desarranja de tal maneira, que poderá levar à morte, como tem acontecido em quem vem a fenecer pela covid-19.

            O pior ainda, é quando numa determinada situação, ao saber da contaminação, sentindo os primeiros sintomas, que é falta de ar, ausência de paladar, de olfato, dores no corpo, alteração da temperatura corporal e da pressão arterial, aí sim, é que o drama se inicia, sobretudo quando, ao procurar tratamento médico-hospitalar e, lá chegando, sem muitos critérios se recomendar a intubação, em muitos casos sem uma avaliação mais aguçada, cuidado e responsável do profissional da saúde, aí é que o psiquismo do sujeito vai às alturas e, se permitir se intubar de verdade, por falta de experiência de muitas pessoas envolvidas com a saúde, além da inexistência dos profissionais devidamente habilitadas para a execução do procedimento de intubação, o que poderá causar uma série de consequência, aí sim, é que o bicho pega mesmo.

            Imobilizado pela intubação, sem poder se movimentar, expressar o que está sentindo, mesmo que tenha a diligência médico-hospitalar, o sujeito vai se fragilizando com intensidade tal, que chegar à óbito, porque a maioria das pessoas que estão morrendo pela covid-19, é justamente depois da intubação, o que descredencia que cada paciente contaminado, para que venha a ser intubada, deve antes ser bem avaliado.

            A questão mais preocupando é o fato de que, existem muitos profissionais que não estão devidamente habilitados com a técnica médica suficiente, para recomendar em determinados casos, de imediato a intubação, porque ao autorizarem o paciente, quando poderia ser tratado e ter acompanhamento em casa ou no próprio local de sua residência, mandam para outros lugares e aí pode ter certeza, a vida do indivíduo estará correndo um grandioso perigo, porque é justamente depois da intubação, em que o maior número de mortes pela covid-19, estão ocorrendo.

            É por isso mesmo, que em circunstâncias dessa natureza, os profissionais envolvidos, que a bem da verdade, ninguém estava preparado para o enfrentamento dessa pandemia, devem buscar ser mais criteriosos o máximo que puderem, porque ao invés de salvarem vidas, estão matando muitas pessoas. É esta a realidade visível é palpável, da qual muitos não estão percebendo. Basta observar estatisticamente a relação das pessoas que vem à óbito quando são intubadas, daquelas que recebem o tratamento médico-hospitalar em parte internadas, ou em casa com acompanhamento médico, que se chegará à conclusão de que, quem vem a ser intubada tem maiores probabilidades de virem à óbito certeiro.

            A conclusão a que se pode chegar, é o fato de que, o psiquismo de cada paciente acometido pela pandemia, vem a ser abalado em demasia e, ao receber a notícia da necessidade de intubação, aí sim, é que o sujeito pode realmente morrer não pela covid-19, mas de outras causas provocadas pela estado emocional de fragilidade psicossomática da qual o paciente vem a ser atingido do ponto de vista de seu psicológico.

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Manoel Modesto

Advogado, escritor, poeta e presidente da ABLA (Academia Buiquense de Letras e de Artes)

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