Livre Pensar, é Só Pensar

Quando se fala em livre pensar, é só pensar, isto significa em dizer que tudo nesta vida efêmera, se pode pensar de verdade, porque a mente é infinita e não lhe é imposta limitas. O limite da mente é até aonde ela pode chegar. Ninguém é proibido de pensar, diante dessa visão e do conceito do livre pensar.

Pois bem, nem tudo que pensamos com relação ao mundo ou principalmente às pessoas, a gente pode externar, o que já se entra noutro campo mais delicado do pensar e do exteriorizar esse pensamento. No mundo real das coisas, nada impede que cada um tenha as suas próprias ideias, os seus pensamentos, só que, o livre pensar não significa em dizer necessariamente que tudo que vem na telha você pode exteriorizar, porque se for para ferir pessoas, magoar, causar feridas, danos irreparáveis, então melhor ficar com o livro pensar para o seu próprio introspectivo, o seu eu interior.

Na minha visão esses são os limites do pensamento. Agora você externar publicamente as suas preferências, as suas opções de vida, quer no campo religioso, político e de opção de vida, isso é problema da individualidade de cada ser humano e isso ninguém pode proibir, porque para isso existe o próprio livre pensar que dá o devido direito a cada cidadão ou cidadã.

A gente sabe perfeitamente que para o pensamento não existem fatores limitativos. Imaginar, levar o pensamento para aonde você bem quiser e entender, nada disso é proibido. Agora quando você parte para colocar ideias danosas à boa convivência humana e social, aí deixa de ser o livre pensar próprio de cada ser humano, quando vem a trazer prejuízos irreparáveis, quer de ordem física, material e sobretudo psicológica às pessoas, aí o livre pensar está sendo extremamente prejudicial até mesmo para a humanidade, a exemplo de várias ideias, doutrinação nocivas a boa convivência humana e social e aí deixa de existir a tão decantada liberdade do pensamento quando ao se exteriorizar, vem a prejudicar um conjunto de pessoas, uma comunidade ou até a própria humanidade como um todo.

Ideias como a pregação do nazifascismo, que se imaginava estarem proscritas do Planeta, estão mais vivas do que nunca na mentalidade de muitas pessoas que certamente, por algum desvio de conduta ainda costumeiramente vivem a pregar os malefícios do que foi a doutrinação do nazismo e do fascismo para a humanidade, que culminou na morte de mais de seis milhões de judeus e isso não é ideia que se possa mais propagar em pleno Século XXI.

No Brasil, a própria Constituição Federal proíbe que se divulgue, dissemine ideias dessa natureza e está na própria legislação, que assim prescreve: “Apologia ao nazismo é crime pela lei brasileira. Nem mesmo é necessário haver atos de violência ou incitação direta à violência para que o delito ocorra. O parágrafo 1º do artigo 20 da Lei 7.716/1989 prevê pena de reclusão de dois a cinco anos para quem “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”. Como se pode perceber a lei é implacável nesse quesito, porém pelo visto, muitos aplicadores da própria legislação e muitas pessoas da extrema-direita ainda não se deram conta do instituto mandamental da própria legislação.

Por isso mesmo é que o nosso “livre pensar, é só pensar”, não se aplica por exemplo, a disseminação das ideias do nazifascismo porque foi uma doutrinação de Hitler e Mussolini, que culminou com a Segunda-Guerra mundial, tendo ceifado a vida de milhões de pessoas inocentes e por isso mesmo, levantar tais ideias no momento, sobretudo em nosso país governado por um bando de tresloucados, tem que realmente vir a ser punido implacavelmente como manda a própria legislação, porque senão, pode haver a implantação de um Império do Mal, a exemplo do que foi feito na Alemanha, aqui mesmo no Brasil em que um magote de malucos está no domínio do poder e isso pode se tornar uma grandiosa bola de neve extremamente perigosa para as nossas liberdades democráticas.

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Manoel Modesto

Advogado, escritor, poeta e presidente da ABLA (Academia Buiquense de Letras e de Artes)

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