Envenenar as pessoas com a liberação de agrotóxicos e desmatar a Amazônia está correto?

     A preocupação com o meio ambiente veio a se tornou mais visível e preocupante, quando houve a Conferência Rio-92 sobre o meio ambiente do planeta, com a proposta do desenvolvimento sustentável, ou seja, os países em desenvolvimento seriam beneficiários de recursos financeiros para que buscassem fórmulas de crescimento econômico sem que viessem a trazer danos à natureza, com a contenção ou uso equilibrado de matérias-primas de origem fósseis como petróleo e carvão mineral, de forma a não trazer danos ao meio ambiente. Nesse grande encontro de cúpula, vários países que participaram firmaram um tratado de buscarem seguir determinados preceitos básicos de preservação ambiental e de desenvolvimento sustentável, se bem que, alguns não deram a menor importância, mas foi uma minoria.

     Vinte anos depois, em Estocolmo, na Suécia, veio a acontecer um novo encontro, o que dá a entender que para muitos da população do planeta não têm muita preocupação com a preservação do meio ambiente em nome de um desenvolvimento saudável e da preservação de toda e qualquer espécie de vida que habita em nosso mundo, que só se tornaria possível através do desenvolvimento sustentável.

     Na reunião do Rio de Janeiro — que ficou conhecida como Rio-92, Eco-92 ou Cúpula da Terra —, somente vinte anos depois, os países reconheceram o conceito de desenvolvimento sustentável e começaram a moldar ações com o objetivo de proteger o meio ambiente. Desde então, vieram sendo discutidas propostas para que o progresso se dê em harmonia com a natureza, garantindo a qualidade de vida tanto para a geração atual quanto para as futuras no planeta. A avaliação partiu do pressuposto de que, se todas as pessoas almejarem o mesmo padrão de desenvolvimento dos países ricos, não haverá recursos naturais para todo mundo sem que sejam feitos graves — e irreversíveis — danos ao meio ambiente.

     Para os países ricos, que já degradaram o meio ambiente de cada um deles com a exploração de suas riquezas econômicas, restam agora os países em desenvolvimento que ainda tem parte de suas riquezas naturais preservadas e por isso mesmo é que são estes o foco dos ricos e poderosos, mas muitos, a exemplo dos Estados Unidos, pouca importância dão à degradação do meio ambiente dos países que eles denominam de periféricos sob o seu domínio, por isso mesmo é que sempre estiveram de olho no Brasil, sobretudo nas riquezas naturais que existem na Amazônia, ainda que venha sendo objeto de degradação de suas matas e riquezas minerais da própria terra, o que vem a prejudicar drasticamente o equilíbrio da camada de ozônio em face da diminuição do gás oxigênio, em que desprotegida essa camada permite a entrada na área de proteção do planeta Terra, de raios ultravioleta, extremamente nocivos à vida existente e isso tem sido motivo de muita preocupação tanto pelos órgãos de defesas ambientais do próprio Brasil quanto de organismos internacionais e de ONGs importantes, a exemplo da Greenpeace, entre tantos outros organismos de proteção ambiental.

     Existem muitos países ricos que não estão muito preocupados com o denominado “desenvolvimento sustentável”, que seria buscar o crescimento econômico de cada um desses países em desenvolvimento, porém sempre repondo ou recuperando determinadas áreas de seus países que viessem a ser degradas, sobretudo o desmatamento que vem num crescendo incontrolável na região amazônica.

     Infelizmente, com a nova mentalidade governamental atual, em que o meio ambiente deixou de ser uma das preocupações e prioridades, produtos dos mais variados venenos agrotóxicos estão sendo liberados descontroladamente para agricultores e pecuaristas potentados, para que a população chegue a ingerir mais alimentos tóxicos e fiquem à mercê de contrair doenças de curas irreversíveis, a exemplo de câncer, entre outras, o que é deveras preocupante. Como se não bastasse, uma das metas é justamente invadirem as áreas indígenas para explorarem e desmataram tais áreas em nome da ganância dos ricos e poderosos para acumularem ainda mais riquezas e aumentarem as suas economias, se esquecendo que lá atrás, em 1992, foi assinado um tratado de que esse desenvolvimento se desse de forma sustentável, ou seja, se buscando equilibrar crescimento econômico com o equilíbrio da natureza.

     Outra grande preocupação é a liberação cada vez mais descontrolada da emissão de gases tóxicos fósseis, a exemplo do dióxido de carbono (CO2), contribuindo para o aquecimento global, provocando o efeito estufa e tornando cada vez mais vulnerável a camada de ozônio que fica de 25 a 35 km do planeta Terra, facilitando a entrada de raios ultravioletas o que é extremamente nocivo à vida de toda a humanidade e isso não pode continuar.

     As medidas firmadas em reunião, pela cúpula do tratado da Eco-92, ou Rio-92, devem ser seguidas com mais rigor, para justamente as futuras gerações não vierem a se prejudicar ainda mais como as atuais, porque existem muitas doenças provocadas pelo veneno que ingerimos e pelo ar poluído que inspiramos, além de se provocar um efeito em escala global e isso não pode continuar acontecendo. Essa política danosa ao meio ambiente em nosso país tem que de alguma forma que vir a ser contida e o meio ambiente deve ser defendido a todo custo, porque disso depende a própria vida de cada um dos seres viventes neste nosso país e no próprio mundo, esta é a verdade.

Compartilhar:

Manoel Modesto

Advogado, escritor, poeta e presidente da ABLA (Academia Buiquense de Letras e de Artes)

Conteúdo sugerido...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.