Administração Pública é Continuidade

Muitas pessoas imaginam equivocadamente, que toda obra pública que um administrador conclui, é mérito de quem deu início. Verdade ou mentira? – Evidentemente que não é verdade. A questão é de fundo constitucional, nos termos do art. 37 da Constituição Federal de 1988, que dentre os mais importantes princípios que regem uma gestão pública, está o da continuidade administrativa. O mérito é da população pela obra com o dinheiro do povo.

Existem gestores que ainda tem o pensamento voltado lá para os idos do coronelismo medieval e ignaro, que acredita que, em tendo ficado um esqueleto de uma obra qualquer e que esta venha a ser concluída por quem o sucedeu, na verdade está arredondamente enganado, porque o mérito foi de quem concluiu a obra, porque respeitou a Lei Maior do país e não interrompeu o seguimento da administração pública por querelas políticas.

Buíque tem sido um exemplo disso, em que o gestor anterior deixou alguns esqueletos de obras, que foram iniciadas com o objetivo único e exclusivamente para que pelo menos saísse a primeira parcela de algum desses projetos, com alguma finalidade, com certeza, espúria, e de alguém disso tirar alguma vantagem e por isso mesmo, deu início a algumas obras inacabadas, que só restaram esqueletos, amontoados de materiais e parte dessas obras sendo deterioradas pelo tempo, além de terem ficado irregulares para a sua continuidade e por isso mesmo, o que muito houve, foi pura irresponsabilidade no emprego dos dinheiros públicos.

Ora, se a atual gestão concluiu para o Município de Buíque, obras deixadas ao léu pelo gestor anterior, isso significa em dizer, do compromisso de, primeiramente, desbloquear as irregularidades deixadas por alguma razão, para, num segundo momento, alocar recursos financeiros para que tais obras viessem a ter o devido prosseguimento, exigência constitucional e por isso mesmo, algumas delas estão e foram concluídas na atual gestão, que por dever e responsabilidade, fez por bem em terminar essas obras a bem da população buiquense e isso é mérito de quem está no comando do Município.

Por isso mesmo é que, o prefeito atual terminou além de ter promovido grandes reformas em muitas dessas obras, o que não deixou de fazer a sua obrigação, porém, bem que poderia ter deixado tudo para lado e dado início ao que bem quisesse e entendesse. No caso particular de Buíque, o bom senso administrativo da funcionalidade da máquina pública prevaleceu, e o prefeito atual concluiu muitos esqueletos dessas obras deixadas num estado de terra arrasada pelo gestor anterior, que não tinha o menor compromisso com a população que brincava de governar.

Gestão pública, minha gente, não é e jamais foi coisa para amadores, joguete político em mãos de irresponsáveis, mas sim, por pessoas que sempre demonstraram ter tino administrativo e experiencia para continuar no comando do Município de Buíque por mais um período administrativo, porque o atual gestor tem um olhar voltado para todos os quadrantes do Município de Buíque e isso ninguém pode negar. A máquina vem funcionando bem azeitada e a todo vapor como manda o figurino constitucional e seus princípios da publicidade, impessoalidade, moralidade, legalidade e eficiência, o que está inserto no art. 37 da Constituição Federal, além de outros mais que devem imperativamente reger a administração pública para que se possa efetivamente funcionar em favor de cada ente federativo do Brasil.

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Manoel Modesto

Advogado, escritor, poeta e presidente da ABLA (Academia Buiquense de Letras e de Artes)

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