A Extrema-Direita Fede

         No seu individualismo isolacionista, todo e qualquer ser humano, pode e tem o direito de pensar, de levar o “livre pensar é só pensar”, até o infinito infindável. O que não pode, é externar tudo que imagina e pensa, para o mundo exterior povoado por diferentes pessoas, cada qual com os seus próprios botões, que tem formas diferenciadas de vê e interpretar o mundo e tudo que gira à sua volta.

Então, partindo-se das premissas da lógica e da razoabilidade, a ninguém é dado o direito de sair por aí aos quatro cantos do mundo, soltando tudo que quer e pensa a respeito de outras pessoas, no que atine a forma de cada um agir, pensar e se comportar diante de outros seres humanos, em face da cor da pele, do seu eu-ser e de como deve agir no seio de cada sociedade jurídica e politicamente organizada. Algumas sociedades ditatoriais, sejam de quais naipes forem, não se pode incluir no mundo civilizatório de respeitabilidade mútua no individualismo alheio.

Desde que cada um possa cumprir a norma agendi, ou seja, o leque de lei objetivas postas, subjetivamente a ninguém é dado o direito de impor as suas próprias regras naquele regramento posto erga omnes, que se trata de preceito jurídico imposto contra todos, sem distinção. Por isso mesmo, ninguém pode sair por aí querendo quebrar o pacto social e buscar impor as suas próprias ideias como se estas fossem as verdadeiras, impositivas e que a todas as pessoas deveriam afetar. Isto não!

Ideias são ideias criadas de um conceito de como cada pessoa, privativamente, vê o mundo e isso, no individualismo intrínseco de cada ser humano, a ninguém é dado o direito de tentar enfiar goela à dentro a sua particular visão de mundo. Aos iguais que pensem de acordo com a filosofia ou modo de vida que acharam por bem em aceitar e seguir e isso é algo da vida privativa de cada ser humano que já saiu do casulo da Idade da Pedra.

Então não adianta essa extrema-direita raivosa, impiedosa, cruel, fascista e nazista, querer impor os seus ideais de eliminação daquelas pessoas que agem e pensam diferente dela, porque isso não faz parte da convivência mansa e pacífica do mundo civilizatório que se imaginaria, em tese, viver. No entretanto, não é assim que coisas e fatos acontecem no estabanado mundo atual em que uma parcela da população quer viver em paz, outros, não!

Por isso mesmo, é que, essa extrema-direita não pode ter o mínimo de respeito de ninguém, em face da sua pregação dantesca contra as demais pessoas e minorias que não pensam como ela. Não dá para aceitar esse “ideário” de exclusão das minorias, sejam raciais, de origem de povos, de opção do modo de viver, que quem assim pensa, acredita que não deve ter a mínima contemplação e, via de consequência, deve ser exterminada, porque é assim que quer a sociedade posta, essa extrema-direita execrável que fede.

Não só fede, mas também é putrefata, maquiavélica e inadequada para viver em sociedade, devendo por isso mesmo, ou adotar outra forma de agir e pensar, ou então, de alguma forma, ser varrida do planeta, especialmente do Brasil, depois de uma tempestade de quatro anos de fúria, em que uma parcela democrática da população, viveu esse lapso temporal, num verdadeiro precipício de transe coletiva, se imaginando em anoitecer, sem saber se no amanhecer seguinte, poder-se-ia se deparar com um regime de exceção e isso, democraticamente não se poderia mais uma vez, suportar. Como ela quer, não dá para se conviver mansa e pacificamente de forma alguma! – O fedor mortífero que ela exala ao falar, não dá mais para aguentar. Chega dessa extrema-direita fedorenta, o chorume do lixo do nazifascismo no Brasil e no mundo, porque é isso que ela é de verdade!

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Manoel Modesto

Advogado, escritor, poeta e presidente da ABLA (Academia Buiquense de Letras e de Artes)

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