Um País e a Humanidade de Quatro

        Neste país de faz-de-conta, de tudo se brinca. Ninguém praticamente leva nada à sério. Todo mundo imagina e faz por isso mesmo, como se tudo fosse a velha “casa de Noca”. Que coisa, né gente!

         Notícias por aqui são completamente desencontradas. Na verdade, ninguém sabe quem está mentindo ou falando ou falta falar o que realmente é a verdade. Até parece que chegamos ao fundo do poço em termos de conduta social e humana. Chegou-se realmente ao extremo de se falar com o respeito à toda população, sobretudo os que sempre estiveram dentro do limite de um mundo aonde não mais existiria mais esperança, mas apenas a redundância de um mundo melhor quando a morte chegar para tolher a vida de cada um. Afinal de contas, sempre foi nesse descaso medonho que sempre estivemos inseridos.

         Esperanças na vida! – Ah!, esperança! – Essa se foi e ninguém sabe se um dia vai voltar. Também, para que esperança, se todos estão vivendo num verdadeiro estado emocional de catarse coletiva, não por conta do coronavírus, que ninguém sequer ouviu falar nesse minúsculo maldito pestilento, até bem pouco antes do carnaval. Agora depois de muita gente se fartar na tradional festa momesca, foi que esse danado invisível veio lá da China ou sabe-se lá de onde para atanazar a vida de todos nós brasileiros. Logo o Brasil que dizem ser um país abençoado por Deus! – Aliás, dizem até que aqui todo mundo é filho do Homem. Então proteção maior não existe e não se corre o menor perigo de alguém ser levado por essa particulazinha tão minúscula que só se pode visualizá-la através de portentosos telescópios, senão, invisível ela vai se disseminado nas pobres almas que merecem que a morte venha a ameaça-las, por que muita gente está marcada para ser defenestrada para séculos sem fim amém, por esse desgraçado impiedoso invisível, que ninguém sabe explicar porque o apelidaram de coronavírus com codinome de COD-19. Que danado é isso, homem, pergunta um lá de cima da pirâmide social! – Ainda bem que a classe abastada está excluída dessa praga. Também se for atingida, com dinheiro, bom atendimento médico-hospitalar, com certeza, bem tratado, se livrará ileso e continuará com a vida parasitária de sempre ganhar dinheiro.

         O danado minha gente, é que esse pestilento dos “Quintos dos Infernos”, não veio para escolher estamento social. Não interessa se o sujeito de direito do minúsculo invisível, é da classe A, B ou C, ou seja lá quem for! – Se chegar, não tem escolha. Ele entra em qualquer organismo, independentemente do dinheiro, da classe social ou do posto de poder que o sujeito ocupa. Nesse quesito, “bichim” pelo visto, não perdoa ou não discrimina ninguém. Todo mundo tem peso igualitário.

         Pela primeira vez no Planeta, taí uma coisa que veio para nivelar todo mundo por baixo! – Nesse quesito o minúsculo “bichim” invisível, não deu trégua nem a tico, pobre, ocupante de cargo relevante, ou “porra” nenhuma. Tem até razão esse pestilento, porque antes dele, era tanta gente zombando uns dos outros, como se fossem os maiores a pisotear os mais sofridos e menos favorecidos, ou será que não era desse jeito?

         Pois bem minha gente! – Não se iluda nesta vida, porque por tudo isso que estamos passando no momento, que tudo nos sirva de exemplo, e que cada um de nós procure olhar para dentro de si mesmos para perceber que na verdade, ninguém é absolutamente nada. Então vamos deixar de “frescura” nesta vida e ver o seu próximo com mais amor, mais fraternidade, com mais carinho e que não sejamos tão-somente números estatísticos se digladiando, se peitando e trocando farpas uns contra os outros. Esta, há de se acreditar, não foi a vida que ninguém pediu e, viver os momentos que estamos vivendo, é justamente para a humanidade chegar a REFLETIR um pouco sobre a vida e o papel de cada um nesta porcaria de vida passagem que não tem o menor valor, ou será que tem?

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Manoel Modesto

Advogado, escritor, poeta e presidente da ABLA (Academia Buiquense de Letras e de Artes)

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