Dias Duros para Mim!

Não faz muito tempo e tudo transcorreu de tal maneira, que parece que o dia 08 de outubro de 2018 ainda continua incrustado em minha mente, como se fora uma cena repetitiva que não sai de forma alguma do projetor da memória e vem sendo repetida a todo instante em minha vida.

Na verdade não é para menos se perder um filho como vim a perder o meu querido e amado Hémerson Modesto, em que neste último dia oito, completou um ano daquele fatídico dia, que parece para mim que tudo foi ontem, foi hoje mesmo, agora, nesse minuto, neste instante, tamanha a tragicidade que se apoderou de minha pessoa e de meus demais familiares mais próximos a ele que se foi.

Até o momento tudo continua envolto por um nebuloso mistério que não dá para ninguém supor como tudo veio a acontecer, porque pela demonstração comportamental de meu filho, jamais seria capaz de vir em estado de normalidade a cometer tal desiderato, porque sempre demonstrou alegria, largos sorrisos nos lábios, farrando sempre com os amigos e tudo para ele parecia que era festa, porque estava feliz da vida e o que mais queria era viver até chegar o fechar derradeiro dos seus olhos, isto depois de minha partida.

Para nós que já tivemos um viver, seja este qual tenha sido, da maneira como foi, pouco importa, mas o que se espera no decurso natural da vida, é a ida em primeiro lugar, dos mais velhos, daquelas pessoas que já passaram por esta porcaria de mundo e fizeram ou deixaram de fazer alguma coisa, se boa ou ruim, no último piscar de olhos, isto nada mais importa. Agora, um jovem cheio de vida, com tudo à sua frente para continuar vivendo, partir assim de repente, não dá para entender o mundo, quiçá a vida e o viver, porque não deveria jamais ser desse jeito.

Mas depois de tudo isso, na condição de pai, uma parte da gente se foi para sempre, sem nenhuma explicação e sem que a gente pudesse ter feito absolutamente nada e isso, é o que mais dói no coração da gente, porém nada mais pode ser feito, a não ser na dor, na tristeza e no lamento, suportar, porque aceitar é coisa difícil de que isso venha a acontecer, porque filho para quem os tem, eles se tornam flores plantadas para sempre no dolente coração da gente.

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Manoel Modesto

Advogado, escritor, poeta e presidente da ABLA (Academia Buiquense de Letras e de Artes)

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